domingo, 15 de dezembro de 2013

3° e 4° dias de pedal em Bariloche - Estepa Patagónica

Início do 3° dia - Lago Nahuel Huapi

3° dia - Estepa patagónica
Amigos, os planos mudaram um pouco para os dois últimos dias de pedal em Bariloche, por isso vou juntá-los em um único post, já que ambos os caminhos passaram pelas estepes patagonicas - que podem ser traduzidas em desertos verdes - embora por dois caminhos diferentes... circuitos "Arroyo Tristeza" na sexta-feira e "Villa Llanquin" no sábado... este último com direito a me perder na estepe como conto a seguir.


Saída do Parque ... ainda falta muito para chegar
 
 
 
A sexta-feira comecou com um pedal de mais de 37 km pelo asfalto até o aeroporto em cerca de 2 horas sob sol quente... o circuito era até o Arroyo Tristeza, mas como lá não chegaria prefiro chamar de "Estepa Patagónica", economizando 17 km de perna por conta do meu guia... porque depois de passar pelo aeroporto foram 32 km de estepa pelo Parque Nacional a beira do rio Ñirihuau até voltar ao Centro Cívico de Bariloche para encarar mais 24 km de volta para a pousada. Ou seja, sai as 10:00 h e cheguei 9 horas depois, mas os 93 km foram tão lindos quanto cansativos...
 
 
No 4° e último dia de pedal em Bariloche, tive uma ajudinha extra para chegar de carro ao ínicio da trilha indicada pelo meu guia, ajuda essa vital para a volta... não haveria como encarar uma volta de 70 km pelo asfalto do jeito que me encontrava no final do percurso...

Cerro Leones
Com esta moleza inicial, o percurso que me levaria até Villa Llanquin parecia fácil... e os primeiros 22 km realmente foram... primeiro cerca de 8 km em 40 minutos circundando o Cerro Leones... com direito a avistar condores no ar e cenários como a vista acima, na foto tirada de uma ponte...

A seguir, um pequeno trecho de carretera até entrar na Estancia San Ramón... daí em diante foram quase 15 km de excelente pedal, do jeito que eu gosto, beirando o rio, com velocidade e plano... mas vieram as "cuestas"... tres para cima - uma delas apareço empurrando a bike na foto ao lado - e uma muito perigosa para baixo... superadas no entanto com tranquilidade! O pior veio depois... simplesmente as trilhas desapareceram ao contornar a fazenda no final da descida...
 
 
Virou corrida de orientação... o mapa me dizia que tinha tilha e eu não a via... finalmente achei um subida com marcas de bicicleta que logo sumiram... continuei subindo até que me vi num penhasco sem trilha para descer... daí pensei vou para o rio... com certeza beirando-o vou encontrar outra trilha.




Corrida de orientação - siga o rio Lymay
Empurando a bike estepe abaixo até "una playa" do rio pude, além de me refrescar e encher a caramanhola, visualizar uma estradinha próxima a umas casas um pouco mais ao longe...
Beleza... saí do sufoco e encontrei o caminho para finalizar o percurso e encontrar o "coche" que me levaria de volta... com um atraso de cerca de 1:30 horas... 34 km em 4:30 h, considerando os problemas, até que foi um razoável para este último dia de pedal em Bariloche...
 
... e as vistas foram sensacionais, tem até rafting no rio...
 
Hasta pronto...


Nota: Perdoem qualquer problema de ortografia... principalmente cedilha e til... é por conta do teclado argentino...


quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Segundo dia de pedal em Bariloche - Cerro Catedral


Lago Gutiérrez

Ainda bem cansado, começo a escrever este post pensando nas fantásticas imagens que observei durante todo o dia de hoje... foram tantas que, novamente, será difícil escolher as que mostrarei para vocês... então comecei por esta aí de cima... de cartão postal - vista do Lago desde o Balcon Gutiérrez.

Lago P. Moreno Este

Depois de passar pela Colonia Suiza - a mesma onde parei para tomar uma cerveza no primeiro dia - mas entrando por outro caminho, foram cerca de 9 km de pedal por uma estrada cheia de pedras e com o sol a pino... parecia um "pedal no deserto", apesar de, na sua maior parte, ter sido beirando o Lago Moreno e o Arroyo Casa de Piedra...

 
Duas horas e cerca de 20 km depois que comecei a pedalar hoje, aí que o "bicho pegou"... veio a subida do Balcon Gutiérrez... as vistas continuaram lindas, mas a subida muito técnica - um misto de pedras com areia fofa - foi dura demais... agravada pelo fato de que a bike não tinha a "vovozinha" - a marcha menor - subi tudo na força (coroa pequena e 3a. catraca)... mas sobrevivi para contar mais esta aventura para vocês e 45 minutos depois ... Cerro Catedral.
 
O mais perto que cheguei da neve - 1450 m abaixo - Cerro Catedral
 
Vista da estação de ski - Cerro Catedral

No Cerro Catedral fica uma das estações de ski mais bem preparadas do mundo... tem também espaço para esportes radicais como o MTB, mas nesta época, infelizmente, o Bike Park estava "cerrado"... mas valeu o esforço da subida...


 As fotos mostram algumas das vistas do lugar, mas só visitando para comprovar a beleza... imagino no inverno, tudo isso cheio de neve...




Os planos para os próximos dias mudaram um pouco... não haverá pedal no domingo e amanhã vou sozinho para o circuito do Arroyo Tristeza e sábado para o circuito Villa Llanquín, com um translado de uns 80 km de carro...



Depois será só curtir a cidade que ainda não visitei sem bike...

Continuem acompanhando...

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Primeiro dia de pedal em Bariloche

Villa Tacul - en la playa

Bariloche... o que será que significa ? Na minha lingua, com certeza, o lugar que tem as mais lindas vistas de lagos e montanhas do mundo... não acredito que consiguirei pedalar em outro lugar assim na minha vida...

 Hoje percorri o "Circuito Chico"... chico es o más pequeño... seriam só 25 km no asfalto com paradas para " sacar las fotos... pero..." não foi bem assim...


...5 horas de bom pedal, alternando asfalto e "ripio" (cascalho), subidas e descidas o tempo todo e... ainda alternei com um longa caminhada para subir o cerrito Llao Llao (se pronuncia "chau chau") com direito a vista aí da foto do lado...


O tempo foi gasto mais em paradas para fotos do que para pedalar, pois no total não foram mais de 40 km, incluindo a subida a pé... o circuito vai beirando o lago Nahuel Huapi até o Puerto Pañuelo, quando se entra no parque Llao Llao, que é protegido e até tem trilhas para pedestres, onde não se pode entrar de bicicleta... infelizmente!

Mesmo assim, dá para pedalar bastante por lá e acessar "playas" como a da primeira foto acima e desta aí a direita... vista da ponte da Bahia Lopez...

Um destaque para uma parada na Colonia Suiza.. local de degustar cerveza artezanal e comida local... em lugares como os da fotos "abajo"...


 
O circuito se completou com uma parada no "Ponto Panoramico", onde comi algo que não me recordo e tomei duas cervas "tiradas"... com direito a vista da foto a seguir...



Amanhã tem mais, a rota é para o cerro Catedral... onde descem de esqui no inverno...
 
Continuem acompanhando...

domingo, 8 de dezembro de 2013

Las Rutas de San Carlos de Bariloche

Amigos, hoy trato de escribir en mi blog en español porque el martes voy a comenzar mi próximo viaje a San Carlos de Bariloche... temprana es mi tributo al lugar y muy pretencioso ...

Circuito Chico - Día 1

A continuación, les presento las rutas que están programados inicialmente durante los cinco días de pedal, con la preciosa ayuda de mi amigo y futuro guia Andre de Vries de Cordillera Bike.
  
 

Capilla de San Eduardo
Día 1:  Circuito Chico y Colonia Suiza. Es un paseo ideal para empezar a conocer esta zona, los paisajes, caminos y topografía del lugar. Además se puede combinar con algunas caminatas cortas para realizar una actividad mixta.
 
Distancia: 35 km  Tipo de caminos: Asfalto y ripio.   Desnivel+:  520 m
 
 
 


Día 2: Zona Cerro Catedral Precalentamineto en senderos de Virgen de las Nieves luego un ascenso por Balcón del Gutiérrez y descenso por un sendero técnico y muy entretenido, finalizando en Colonia Suiza por el balcón del Moreno.

Cerro Catedral - Dia 2



Distancia: 45 km   Tipo de caminos: Ripio, tierra, senderos de montaña. Desnivel+acumulado:530 m .  Este paseo requiere un guia y la distancia desde el hotel hasta el lugar de comienzo propuesto:16km en ruta de asfalto.



Día 3: Estepa Patagónica:  Partiendo desde la rotonda del Aeropuerto y por caminos vecinales se cruza el puente sobre el río Ñirihuau, y se da la vuelta al C° Carbón. Luego y siguiendo por un camino interno de una estancia, se recorren 30 km en dirección al este hasta una pequeño poblado en el medio de la estepa (Villa Llanquín). Regreso en vehículo. Este paseo tambien requiere un guía.
Distancia: 45 km Tipo de caminos: Ripio, tierra, senderos de montaña. Desnivel+ acumulado: 830 m
 
 

Día 4: Confluencia Traful - Lago Meliquina: Un paseo con vistas increíbles, con algunas partes de camino en mal estado y una subida muy exigente: Paso del Córdoba. El regreso en vehículo se hace recorriendo gran parte del famoso "Camino de los 7 Lagos".
Distancia:50 km Tipo de caminos: Ripio, tierra, senderos de montaña. Desnivel+ acumulado: :  825 mts Traslado en vehículo: 135 km

En la foto vemos el Lago Gutierrez...


 

Catedral de San Carlos
Día 5: Pasarelas del Río Manso: Es otro lugar mágico. El comienzo se encuentra a 80 km de Bariloche y el paseo recorre 20 km por el medio del bosque, y muy cerca del río Manso que es la zona en la cual se realiza rafting. Este paseo tambien requiere un guía.
Distancia:40 km  Tipo de caminos: Ripio y senderos de montaña. Desnivel + acumulado: :  420 mts
Traslado en vehículo: 160 km
 
                                                                                                                             

Lago Frias - Bariloche
 
Espero un buen clima, aunque un poco fría y si se puede escribir en la semana, voy a enviar noticias.

Hasta la vista... 
 
 
 
 
 


domingo, 29 de setembro de 2013

Os 10 pecados capitais do ciclista amador



Para subir o Cebrero tem que estar preparado...
Amigos, começo a intensificar meus treinamentos para enfrentar os paredões de Bariloche em dezembro e, nesta semana li um artigo interessante na revista Go Outside sobre treinamento de ciclistas amadores, ou os pecados que precisam ser evitados nos treinamentos e preparação para provas, que se encaixam para os praticantes do ciclo-turismo, como eu.

Alguns temas são clássicos e incontestáveis, outros nem tanto... por isso pensei em juntar neste post os importantes recados da revista, certamente baseados em informações de especialistas nas áreas afins, com a minha experiência nos Caminhos de Santigo e da Fé...


Subir os Pirineus então... sem preparo não rola...
Pecado N° 1 - Ignorar o sono : "O maior erro que ciclistas amadores cometem é não dormir o suficiente. Eles sacrificam o sono para trabalhar mais e vivem acordando cedo para pedalar antes do expediente. O problema é que o corpo não consegue se recuperar direito quando há déficit de sono."
Bom, a solução seria deixar o sono ditar a agenda de treinos, com o quê eu concordo plenamente... talvez eu seja um exagero para o lado contrário, porque não tenho horário tão rígido para trabalhar, mas jamais acordo antes da hora que o meu corpo manda para treinar, mesmo quando pedalava pela manhã e à noite em 2010, não deixava de dormir o suficiente para a recuperação. E no Caminho, então, dormir o quanto puder é fundamental, por isso ficar em albergues é muito melhor que em qualquer outro lugar, eles primam pela disciplina da hora do sono dos peregrinos.

Pecado N° 2 – Pensar que mais é melhor : "Se não deu para treinar na segunda-feira, então você manda logo uma pedalada dupla na terça. Má ideia, na bike você melhora aos poucos, esculpindo e afinando a sua performance com o passar do tempo. Dias de pedais monstruosos fazem parte da rotina de treinos, mas a consistência é a melhor amiga do bom ciclista.”

Com chuva fica ainda mais hard...
Planeje com cuidado o seu programa de treinamento, faça da assiduidade uma religião e cumpra ao máximo a programação, mas não invente ao tentar recuperar dias perdidos por eventuais contratempos. Aumentar o volume de treino no momento errado não ajuda nada e pode causar problemas diversos, como fadiga e lesões... a consistência é a alma do negócio, 5 dias de treinos por semana é o ideal mas não imperativo... e, com eu sempre faço, descanse sem pedalar uma semana antes da viagem, principalmente se for para o Caminho de Santiago, vai fazer toda a diferença...

 Pecado N° 3 – Muitas pedaladas longas e lentas : "Se você passa vários dias da semana só nas marchas leves, não pode ter expectativas de atingir a condição ideal... Quilometragem em ritmo leve irá ajudar a construir uma base sólida de preparo físico, mas muito tempo em qualquer zona de esforço impede o aumento da performance. Para melhorar é preciso variar.”

Minha speed num pedal na chuva... ajuda a fazer perna...

Encontrar o seu “meio-termo”, entre muita e pouca intensidade é importante... Inclua sempre treinos variados em sua rotina. Eu, atualmente, treino mais de speed do que MTB, dá para andar mais em menos tempo, “fazer perna” como dizem.. a MTB fica para a hora do lazer e para os treinos de montanha...

Pecado N° 4 – Colocar muita fé em barrinhas e géis : "Se você é daqueles que preferem barrinhas e géis de carboidrato, porque são produtos de alta performance, em vez de comer comida de verdade... Pois saiba que nem sempre essa é a melhor escolha. Especialmente em dia de calor forte, muitas barrinhas, géis e isotônicos podem causar desconforto intestinal. Diversos fabricantes, ainda, usam em suas receitas a maltodextrina, uma molécula de  carboidrato muito grande que demanda um processamento mais demorado no fígado.”

Bom, eu acredito que cada organismo fala por si, então, minha recomendação é que regenerem a sua energia como melhor for para cada um... eu não sou adepto de comer comida de verdade antes do treino ou no meio de uma ciclo-viagem... me dou muito bem com os géis, que já me tiraram de situações de estafa completa, mas a qualidade deles é fundamental... sem merchandising recomendo VO2 para as horas ingratas, mas para caminho longos levem também muita banana-passa.


Carregar a sua bike... um sacrifício que vale a pena....
Pecado N° 5 – Bike fit amador : "Você compra uma bike na Internet, ajusta a altura no olhômetro e depois não entende porque tem dores nas costas e nos joelhos, muito menos porque suas “partes baixas” estão com assaduras. Enquanto isso o "bike fit" fica sendo uma mistura de ciência, arte e tentativa-e-erro. Um ajuste de qualidade para adaptar corretamente a bike a seu corpo irá prevenir algumas das lesões mais comuns dos ciclistas.”

Não há o quê contestar nas afirmações da revista sobre esta questão... maximizar conforto e desempenho passa por ajustar sua bike a seu corpo... temos que “vestir” a bike para aproveitar tudo de bom que ela nos oferece nos treinos e caminhos por esse mundo afora. Por isso que eu pratico e recomendo uma ideia, que pode parecer um transtorno de início, mas, com certeza, trará benefícios principalmente nos caminhos longos como o de Santiago... levem sua bike... aquela a qual seu corpo já está pra lá de adaptado. É claro que, na minha próxima viagem, não farei desta forma... como se tratam de passeios curtos de ida e volta a Bariloche, melhor alugar uma bike por lá...
 

Objetivo alcançado... esforço recompensado...
Pecado N° 6 – Treinar com profissa : "A recuperação é a chave para quem quer dar um gás na performance, por isso os atletas profissionais não são o melhor modelo a copiar. Enquanto uma pedalada de 3 horas pode ser um treino regenerativo para um cara vencedor de uma prova como o Tour de France, provavelmente esse rolê representaria mais que ¼ do seu treinamento semanal. Mesmo num ritmo tranquilo seu corpo não vai se recuperar direito com uma atividade física de 3 horas.”
 

Incluir em sua agenda de treinos alguns dias de recuperação é positivo, segundo a revista, mas que não necessariamente devam ser feitos em cima de uma bike. Faça outras atividades físicas, como caminhar ou mesmo brincar com os filhos, mas nunca simplesmente se jogar num sofá e ver TV... repouso absoluto pode ser bom para profissionais, mas amadores, como eu e você, precisam descansar de forma moderadamente ativa... eu, por exemplo, jogo Boliche...
 
 Pecado N° 7 – Comer na hora errada : "Todo mundo sabe que é bom tomar uma bebida de recuperação após a pedalada, mas a ciência dos horários corretos de uma boa alimentação vai muito além do isotônico ou da proteína em pó. Por exemplo, se você comer algo muito exagerado nos primeiros 60 ou 90 minutos de pedal, provavelmente ficará com hipoglicemia, pois seus níveis de insulina irão subir e o açúcar no sangue vai cair. Em outras palavras, você vai quebrar...”

A solução é planejar para que as pedaladas terminem com um refeição rica em proteínas, que deve ser feita nos primeiros 20 minutos depois de tirar as sapatilhas, Aguardar pelo menos 3 horas entre uma refeição grande e um pedal é importante para evitar quebrar no meio do treino... eu não pedalo depois do almoço, melhor deixar para bem mais tarde... durante os exercícios, como já citei, apenas coisa leve como os géis ou banana passa.

Pecado N° 8 – Negligenciar o resto do corpo : "O ciclismo é um esporte bastante bidimensional. Você move as pernas em um só plano e raramente usa a parte superior do corpo. Ao longo do tempo, sua postura deteriora e você passa a desenvolver vários desequilíbrios baseados em como se posiciona no selim.”


Carregando alforjes fica ainda mais hard...
Incluir outros esportes em seus dias de descanso, como já citei é importante para superar estes problemas. Eu, por exemplo, tenho muito problema com os braços, e seria importante levantar uns pesos para fortalecer a musculação, mas a idade e as velhas bursites me impedem, mas para quem pode vale a pena...
 
Pecado N° 9 – Preocupar-se demais com gordura, açúcar e sal : "É verdade : a maioria das pessoas ingere este 3 itens em demasia. Mas você não é uma pessoa comum, é um atleta amador que exige bastante do seu corpo... este 3 alimentos podem matar os sedentários mas podem ser altamente benéficos para pessoas ativas e são, com certeza, vitais para o bom desempenho no esporte. Negligencie o açúcar na sua dieta pré-prova e suas pernas vão te deixar na mão e descartar o sal só lhe causará desidratação na estrada.”
As recomendações da revista neste caso são, no mínimo, questionáveis, pelo menos para mim... “Quando está treinando ingerir sal, açúcar e gorduras durante o exercício e ponto final...” e ”... que seu isotônico tenha sódio suficiente...” Eu me permito discordar, pois abdico destes 3 “inimigos” o quanto posso na minha dieta normal e porque, pelo que sei, sódio não é o cátion que falta nos músculos, mas sim o potássio... portanto, quanto mais banana   melhor... você é o que você come, ainda mais pedalando...
 
Pecado N° 10 – Não dominar a bike : "Pedalar é muito mais que uma equação de watts x quilos. Você pode ir rápido em linha reta, mas se não conseguir controlar direito a bike em descidas rápidas ou curvas fechadas, sempre terá dificuldades em completar uma prova ou até voltar para casa vivo”

Sonhar alto só não adianta...tem que se preparar...

 
Exageros à parte, dominar a bike é fundamental, principalmente no MTB onde nos deparamos com todo o tipo de obstáculo todo o tempo. No meu último Caminho de Santiago ano passado passei por trilhas que não conheci em 2010, muita dureza tanto para “arriba” como para “abajo”... tão difícil quanto gratificante...mas só quando você completa sem maiores problemas, principalmente físicos.
  
Espero que as dicas e comentários deste post não só os ajudem nas suas próximas empreitadas no MTB, como incentivem aqueles que ainda não se decidiram a enfrentar de bike os Caminhos desse mundo...
 E continuem acompanhando...

 


sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Bariloche no Caminho...




Já estou me imaginando nesta cena...
Bariloche no Caminho? É amigos, hoje "descobri" que fazem 5 meses que não posto nada no meu blog, aliás até minhas pedaladas andam mais escassas que o normal... trabalho, filho novo e até muito frio são as causas principais.

Mas, também, descobri que os acessos ao blog continuam e, melhor, passaram do 3000 desde o início dos posts... então me animei a escrever este post.
 
                 E o quê Bariloche tem a ver com meus caminhos?

É fácil... será meu próximo destino e já está confirmado, com passagem comprada e pousada reservada para dezembro deste ano de 2013...

Não será uma peregrinação com certeza, mas o visual ao lado é um convite a conhecer as montanhas como o Cerro Catedral (onde se inaugurou um Bike Park) e outros lugares perfeitos para o Mountain Bike como: o entorno do Lago Gutiérrez, o Circuito Chico, o Refugio Neumeyer, o arroio Casa de Piedra, Colonia Suiza, o Cerro López, o Cerro Challhuaco, o Cerro Otto e a Laguna Llum. Também, há fascinantes travessias como do Lago Mascardi ao Lago Steffen, de Villa Los Coihues em Lago Gutiérrez a Villa Catedral ou do Paso Pérez Rosales a Peulla, no cruzamento ao Chile. Não sei quais vou conseguir conhecer em apenas uma semana, mas vou com disposição...
 
Cordillera Bike - San Carlos de Bariloche, Argentina
 
 
Esta viagem marcará o início dos treinamentos, para o próximo Caminho do Norte em 2014, que pretendo intensificar a partir de janeiro. A data prevista é 10 de dezembro e as "rutas" a serem experimentadas estão na dependência de programação a cargo de meus novos amigos argentinos da Cordillera Bike, de quem empresto a foto maravilhosa abaixo...





Até lá... continuem acompanhando...
 

sábado, 2 de março de 2013

Planejando o Caminho do Norte

Zarautz
Saudades de escrever no Blog e vontade de planejar uma nova empreitada me levaram a postar este texto... começando com esta imagem linda do litoral norte da Espanha, que será um dos locais que visitarei em 2014... se Deus quiser.
 
Bom como escrevi no Blog... lá no longínquo 27 de agosto do ano passado... gosto de planejar tudo nas minhas viagens, que não são nada convencionais, mas nem por isso preciso passar pelos dissabores de estadias ao relento ou mal paradas. Assim, começo... mais de um ano e meio antes... a pensar no meu próximo Caminho para Santiago de Compostela...


El Guggenheim, Bilbao
Desta vez, vou desviar do meu velho conhecido Caminho Francês... que já fiz por duas vezes... para experimentar o Caminho do Norte, que apresenta um atrativo a mais para mim... carioca e praiano que sou... é beirando a Costa norte da Espanha e, até por isso, com bem menos subidões.

As pesquisas que já fiz a respeito deste percurso, principalmente no site Gronze.com - de onde "emprestei" a maioria das fotos postadas - dão conta de um caminho menos rico em monumentos e, talvez, em misticismo, mas que culturalmente e no visual da natureza em nada fica devendo ao francês. Basta dizer que estão no percurso cidades como San Sebastian, Bilbao (com el Museo Guggenheim aí na foto), Santander e Gijón... só para citar as maiores...
 
Serão cerca de 800 km em 11 dias, ritmo médio de 72 km/dia... mais ou menos entre os percursos que fiz em 2010 (90 km/dia) e 2012 (55 km/dia). O percurso encontra o Caminho Francês em Azúa, a cerca de 40 km de Compostela, ou seja, só conheço 5% do percurso...

Em princípio as etapas planejadas são as citadas na tabela ao lado, mas até lá posso mudar alguma coisa...
 
e ainda tem umas paradas inusitadas antes de começar o Caminho propriamente dito, pois diferentemente das outras vezes onde iniciei a viagem chegando na Espanha... em Barcelona depois em Madrid... desta vez o ponto de partida deverá ser Andorra, mas sobre esta parte falo no próximo post...
 
Continuem acompanhando e vamos ver no que dá mais essa aventura cultural e mística... 
 
Calle principal de Santillana del Mar

sábado, 5 de janeiro de 2013

Caminho da Fé - Quinto e derradeiro dia

Portal de Campos do Jordão - SP
Sabem o porquê do "derradeiro" no título deste post? É porque é assim que falam os mineiros lá na Mantiqueira... O "derradeiro morro" eu ouvi algumas vezes, só que sempre vinha mais um... é algo assim como "logo ali" ou "farta pouco", que todo mundo conhece no jeito mineiro de falar...

Noventa e três quilômetros me separavam da Basílica da Padroeira neste derradeiro dia de Caminho da Fé... e acordei com vontade de pedalar. O sol reapareceu numa manhã um pouco fria, mas sabia da descida no asfalto na saída da pousada que iria me aquecer as pernas... aos poucos o sol começou a castigar, como nos quatro dias anteriores, mas nada a reclamar dele, para mim sempre uma melhor opção do que a chuva na cabeça... quase 5 km de descida no asfalto e lá vem a subida num terrão lavado e com bastante erosão e trechos escorregadios... Subi pedalando os 4 km da subida, até porque lembrava bem dela e a considerava totalmente pedalável, embora a recomendação fosse pegar o asfalto. A partir do km 9 começa-se a descer em direção à cidade, mas entrecortando os municípios de Campos e São Bento a todo momento, com direito a uma vista constante da Pedra do Baú - famosa para os praticantes de Asa Delta e afins - registrada aí na foto acima.

Apenas mais duas subidas mais duras entre os kms 11 e 14, já definitivamente no município de Campos do Jordão, e começa a decida em direção ao centro da cidade.  No km 15, volta-se para o asfalto em descida... quer dizer quase asfalto, por que ele vai se deteriorando ao longo da descida, com direito até a um 'trecho técnico" lá no km 16,5. Algumas pequenas subidas e muitas pedras depois, chega-se bem na avenida principal de Campos e no meio do trânsito intenso de turistas, para chegar no Refúgio do Peregrinos no Km 21, carimbar e tomar um refresco (da Skol é claro...).
 
Bom, daí em diante as rotas se separam, porque peregrinos a pé seguem pela trilha da Santa, que é hard e passa até pelos trilhos da ferrovia; e ciclistas optam por mais 4 km até o Portal de sáida da cidade e depois descer de Campos pelo asfalto... 20 km morro abaixo, com direito a uma parada na Vista Chinesa, cuja linda vista é registrada na foto acima.
 
Igreja Matriz em Pindamonhangaba - SP
Fim da descida numa rotatória, dobra-se à esquerda em direção a Pindamonhangaba... baixadão longo sob sol escaldante e vou pedalando do jeito que dá até uma paradinha nas "freiras", ou melhor, na Casa do Amor Divino... uma carimbada na Credencial, mas lá só água para matar a sede...vou em frente, porque ainda faltam 40 km. O Caminho acaba por passar por dentro de Pinda, onde eu acabei perdendo as setas em algum momento, tendo que recorrer a ciclistas locais que me levaram até a Matriz (foto acima), onde reencontrei o Caminho marcado pela setas amarelas, as quais acompanhei por todo o tempo nos últimos dias.

Sainda da cidade, em direção a Moreira Cesar e Roseira, pega-se um ciclovia bem legal, margeando a rodovia até Roseira, onde a estrada piora e o acostamento não existe, dificultando a pedalada, praticamente, até chegar a pousada Jovimar, onde carimbei pela última vez e tomei mais uma skol, mas não a última... faltando 3 km para chegar na Basílica, a sensação de missão cumprida já me invadia...
 
Chego na Basílica para mais uma visita à imagem de N.Sra. Aparecida, muito emocionado... rezo bastante em agradecimento por tudo de bom - graças a Deus - ocorrido nos últimos cinco dias... pego meu segundo certificado de Peregrino Mariano e, tal qual, aquele personagem, saio com a "alma lavada" e a peregrinação cumprida mais uma vez...com direito a uma visita à sala de promessas, para cumprir a minha. GLÓRIA A DEUS.




sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Caminho da Fé 2012 - Quarto dia

O "Quebra-perna" - Luminosa - MG

Esta paisagem aí na foto é a subida do "Quebra-perna"... parecem crateras lunares, mas são pedras bem terrestres da Serra da Mantiqueira, entre Luminosa e Campos do Jordão, um desnível fantástico em pouco quilômetros... como podem ver, estou empurrando a magrela, o que fiz em 80 % da subida...

Mas, vamos começar do princípio... este quarto dia de pedal no Caminho da Fé, dia 30 de dezembro de 2012, começa com um sol impiedoso pela manhã, depois de chover a noite inteira em Paraisópolis, onde jantei um dos melhores "gnocchi" que já saboreei na minha vida.

Saindo da cidade, depois de um belo café da manhã, alternam-se subidas e descidas calçadas, incluindo uma parte na rodovia que vai em direção a Itajubá, por mais ou menos 4,5 km, quando volta-se para o terrão. Passando pela pousada da Casa da Fazenda do meu amigo Edison no km 6, vai rolando um pedal bem tranquilo apesar do barro. Isso até começar a subida para o Bairro Cantagalo (em São Bento do Sapucaí) no km 10,5 e que vai até o km 12, desce para subir de novo e mais violentamente do km 15... um preâmbulo, daquela esperada subida mencionada acima, onde cruzei com os peregrinos que conheci em Paraisópolis, a Paty e o Marcos aí na foto, peregrinos a pé... coisa rara por estes caminhos.


Luminosa - MG
Segue-se um descidão de uns 3 km para depois voltar ao sobe-e-desce normal, já mencionado várias vezes nos meus relatos, até uma merecida parada no Cantagalo... uma carimbada, uma skol e um papo rápido com o casal de peregrinos, que me alcançou e que não verei mais neste caminho, já que eles param em Campos do Jordão no dia seguinte. Daí para a frente um pedal bem legal, passa-se mais uma vez pela fronteira SP-MG e começa o descidão para Luminosa... descida das boas, um tanto perigosa, mas deu para chegar a 45 km/h em alguns trechos.
 

Luminosa é esta cidadezinha aí no meio da foto - tirada lá de cima no começo da descida - perdida no meio do nada e onde o asfalto não chega... tranquilidade e gente boa... como a D. Ditinha da pousada, onde carimbei a Credencial e travei uma prosa das boas... enquanto ela fazia um pudim no fogão e eu tomava mais um skolzinha... aliás duas, porque aquela latinha pequena estava bem mais gelada.

Vista da pousada da D. Inês
Pedala-se mais um pouco e lá vem a subida... no início parece que dá para continuar pedalando, empurro mais um pouquinho e retomo a pedalada, no meio de uma "pedraiada doida", até que não dá mais.... barro grudento e pedras soltas até a pousada da D. Inês do "Seu" José... aquela que tem a mais linda vista da Mantiqueira, aí na foto acima, no meio de um imenso bananal.

Como não poderia deixar de ser, os dois são de uma hospitalidade enorme e conhecida de todos no Caminho da Fá e, além do "chafezinho", ainda fazem alguns quitutes que não dá para para não experimentar e levar para a viagem... broinha de fubá embrulhada em folha de bananeira, bananinha chips salgada e cubinhos de bananada.... tudo de bom . "Oia eis dos aina fotu...", junto com este peregrino.
 
 

Imaginem só, que encontrei por lá um biker que voltava de Aparecida pelo Caminho, depois de tê-lo completado com a esposa há poucos dias... tem louco para tudo! Descanso completado, assim como as caramanholas e o camel back com água fresca... apesar da triste notícia de que faltam mais 5 km de subida, lá vou eu... passei pelo local onde furei um pneu, mesmo empurrando a bike, em 2011, aquele da primeira foto deste post, e, também a casa rural onde me socorreram, me emprestando um bomba de pé já que a minha não funcionava bem.

Mais um subidão interminável e "empurralável", mas com a vista incrível aí na foto ao lado, e entra-se num eucaliptal, o que conheço bem das pedaladas em Suzano e região, sobe-e-desce que não pára por mais 1 km com um top acentuado no final.. A Mantiqueira mineira fica para trás... e daí para a frente um boa descida de 4 km pela fazenda, até chegar no asfalto que me levará ao destino final deste dia... a pousada Barão Montês em Campo Serrano - São Bento do Sapucaí - município inexplicavelmente excluído dos roteiros do Caminho da Fé, mas que cruzei por pelo menos duas vezes... mas disso tratarei mais tarde.

                                           Pousada Barão Montês - S. Bento do Sapucaí - SP

    
Me lembrava bem deste trecho de asfalto e, por isso, guardei perna e cabeça para enfrentar os cerca de 3 km de subida ( com algum refresco ) para, finalmente, relaxar na descida até a pousada. Cheguei pouco antes da chuva, mas já sentindo os seus primeiros pingos, que castigou o lugar durante toda a noite, chegando a fazer até frio em pleno verão.... serra é serra, e estava a 1800 m de altitude... então, só restou curtir o jantar preparado pelo meu agora amigo Márcio (comigo na foto ao lado), filho da D. Cida, e... claro regado a muitas brejas...

Depois de 41 km doídos, venci as subidas deste penúltimo dia de Caminho da Fé! Amanhã, tem o último capítulo desta peregrinação, com a chegada a Aparecida depois dos últimos 93 km... continuem acompanhando.