Portal de Campos do Jordão - SP |
Sabem o porquê do "derradeiro" no título deste post? É porque é assim que falam os mineiros lá na Mantiqueira... O "derradeiro morro" eu ouvi algumas vezes, só que sempre vinha mais um... é algo assim como "logo ali" ou "farta pouco", que todo mundo conhece no jeito mineiro de falar...
Noventa e três quilômetros me separavam da Basílica da Padroeira neste derradeiro dia de Caminho da Fé... e acordei com vontade de pedalar. O sol reapareceu numa manhã um pouco fria, mas sabia da descida no asfalto na saída da pousada que iria me aquecer as pernas... aos poucos o sol começou a castigar, como nos quatro dias anteriores, mas nada a reclamar dele, para mim sempre uma melhor opção do que a chuva na cabeça... quase 5 km de descida no asfalto e lá vem a subida num terrão lavado e com bastante erosão e trechos escorregadios... Subi pedalando os 4 km da subida, até porque lembrava bem dela e a considerava totalmente pedalável, embora a recomendação fosse pegar o asfalto. A partir do km 9 começa-se a descer em direção à cidade, mas entrecortando os municípios de Campos e São Bento a todo momento, com direito a uma vista constante da Pedra do Baú - famosa para os praticantes de Asa Delta e afins - registrada aí na foto acima.
Apenas mais duas subidas mais duras entre os kms 11 e 14, já definitivamente no município de Campos do Jordão, e começa a decida em direção ao centro da cidade. No km 15, volta-se para o asfalto em descida... quer dizer quase asfalto, por que ele vai se deteriorando ao longo da descida, com direito até a um 'trecho técnico" lá no km 16,5. Algumas pequenas subidas e muitas pedras depois, chega-se bem na avenida principal de Campos e no meio do trânsito intenso de turistas, para chegar no Refúgio do Peregrinos no Km 21, carimbar e tomar um refresco (da Skol é claro...).
Bom, daí em diante as rotas se separam, porque peregrinos a pé seguem pela trilha da Santa, que é hard e passa até pelos trilhos da ferrovia; e ciclistas optam por mais 4 km até o Portal de sáida da cidade e depois descer de Campos pelo asfalto... 20 km morro abaixo, com direito a uma parada na Vista Chinesa, cuja linda vista é registrada na foto acima.
Igreja Matriz em Pindamonhangaba - SP |
Fim da descida numa rotatória, dobra-se à esquerda em direção a Pindamonhangaba... baixadão longo sob sol escaldante e vou pedalando do jeito que dá até uma paradinha nas "freiras", ou melhor, na Casa do Amor Divino... uma carimbada na Credencial, mas lá só água para matar a sede...vou em frente, porque ainda faltam 40 km. O Caminho acaba por passar por dentro de Pinda, onde eu acabei perdendo as setas em algum momento, tendo que recorrer a ciclistas locais que me levaram até a Matriz (foto acima), onde reencontrei o Caminho marcado pela setas amarelas, as quais acompanhei por todo o tempo nos últimos dias.
Sainda da cidade, em direção a Moreira Cesar e Roseira, pega-se um ciclovia bem legal, margeando a rodovia até Roseira, onde a estrada piora e o acostamento não existe, dificultando a pedalada, praticamente, até chegar a pousada Jovimar, onde carimbei pela última vez e tomei mais uma skol, mas não a última... faltando 3 km para chegar na Basílica, a sensação de missão cumprida já me invadia...
Chego na Basílica para mais uma visita à imagem de N.Sra. Aparecida, muito emocionado... rezo bastante em agradecimento por tudo de bom - graças a Deus - ocorrido nos últimos cinco dias... pego meu segundo certificado de Peregrino Mariano e, tal qual, aquele personagem, saio com a "alma lavada" e a peregrinação cumprida mais uma vez...com direito a uma visita à sala de promessas, para cumprir a minha. GLÓRIA A DEUS.
Muito bom, Sergio...
ResponderExcluirPena que não deu tempo para uma visita ao amigo de Guaratinguetá...
Fica para a próxima...
Um grande abraço.
Ricardo
Sergião, qual tipo de alforge que usou, entre um ponto de apoio, leva algo para comer? líquidos a skol, já sabia.
ResponderExcluirNão apareceu na copa são paulo, foi muito bom.
Antonio (Salesópolis)
Grande Antonio, o alforje foi esse aí da foto com bagageiro traseiro,como no Caminho de Santiago, mas tinha muita gente só com mochila. Tem bastante povoados entre uma parada e outra; um ou outro trecho mais rural não tem como comporar nada, mas eu só levei VO2. Estrada da Limeira... nunca mais. rsrsrs. Abraço.
Excluir