domingo, 2 de setembro de 2012

Treino e equipamento

Depois do bom planejamento, as duas maiores razões do sucesso de uma empreitada, como peregrinar de bike no Caminho de Santiago, sem dúvida são treino e equipamento adequados.  Hoje, encerrei o primeiro, com uma pedalada leve de apenas 41 km num percurso que se tornou quase o quintal da minha casa; para quem conhece Suzano, a estrada do Koyama, aquela que leva ao Magic City, fazendo a volta de 8 km na 5ª Divisão. Um percurso que fiz por mais de 30 vezes desde o início de maio com a speed aí da foto, minha bike de treino.
Aliás, sem ela não estaria no nível de “perna” que estou hoje; MTB é ótimo e mais divertido, mas para treino “viva a speed”. Você pedala muito mais em menos tempo, com qualquer tempo, com menos necessidade de limpeza e manutenção a cada rolê; foi um “achado” ter decidido comprar esta bike para treinar, sugestão que ouvi várias vezes de amigos do MTB, inclusive profissionais. O pedal de hoje foi como uma despedida do percurso, porque nos próximos 45 dias não pedalarei mais por lá e, ainda, ficarei 8 dias sem pedalar até começar o Caminho...será que aguento?
 
Falando do meu treino, sobre o qual já postei que está muito maior este ano do que na vez anterior, é fundamental estar bem preparado, porque lá vai ser dureza e não se pode descansar um dia a mais, sob pena de comprometer todo o trajeto futuro. Foram mais de 3900 km (eu também me surpreendi com isso!) desde a segunda quinzena de março, após ter realizado uma cirurgia de retirada da vesícula, com uma média em torno de 160 km por semana e um máximo de 265 km.
Equipamento é importante para não deixar a gente na mão... que biker não passou por esse desprazer de ter uma peça quebrada ou um pneu furado mais de uma vez? Num treino ou passeio de domingo perto de casa, ainda, dá-se um jeito, mas lá no Caminho... é transtorno!. Então, a bike tem que estar 100%... a minha, aí na próxima foto, é a mesma que levei em 2010, mas conta com uma relação nova, porque coloquei a XT velha na nova bike de carbono que montei recentemente, e está toda revisada e "azeitada". Aliás, não vou com a nova porque estou melhor adaptado a esta de alumínio; com a qual já fiz muitas competições, além dos caminhos de Compostela e da Fé. Alguns peregrinos, inclusive alguns amigos que vão agora em Setembro, preferem alugar a bike lá na Espanha, onde existem várias possibilidades para tal, mas eu ainda considero que fazer 900 km com um bike desconhecida pode não ser uma boa escolha e vou levar a minha, apesar de alguns transtornos de logística que isso possa causar.
Os complementos, também, são importantes para o sucesso da jornada. Alguns vou comprar lá porque preciso de novos ou vale mais a pena do que comprar aqui, como por exemplo o "Casco" (Capacete) e pneus (vou levar os velhos ainda em condições, mas pretendo trocar lá em Madrid). Mas, levando daqui ou não, não podemos deixar de estar com: um kit de ferramentas (com emenda de corrente); camaras sobressalentes; óleo "húmedo e seco" e bomba; levo ainda, porque tive problemas no Caminho da Fé, uma gancheira e pastilhas de freio sobressalentes, mas estas, principalmente, pretendo não usar. Em 2010, sequer furei um pneu, não peguei chuva e só tive um dos suportes do bagageiro quebrado e deu para improvisar uma emenda, mas até isso, além de ter trocado por novos, eu vou levar um reserva.  
Tudo isso pessoal, para só curtir o Caminho como se estivesse a pé... aliás melhor, porque peregrino que caminha tem que cuidar do seu equipamento, ou seja, os pés, mesmo que as botas sejam de primeira...
 


Um comentário:

  1. A bike já está no Mala-bike e só faltam poucas coisas para colocar na mala! Vamos lá, só faltam 3 dias para embarcar para a Espanha. Buen Camino.

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